Recursos
são oriundos dos governos municipal, estadual e federal
Alessandro Nogueira
O município de Teresópolis repassa,
anualmente, para a Organização Social (OS) Fibra, que administra a Unidade de
Pronto Atendimento (UPA) e os Postos de Saúde da Família (PSFs) da cidade, o
montante de R$ 13.224.000,00 (treze milhões e duzentos e vinte e quatro mil
reais). A informação foi passada pelo próprio Secretário de Saúde, Carlos
Otávio Sant’Anna, durante apresentação do balanço de sua gestão à frente da
secretaria, feita na noite de quinta-feira, 07/03, na Câmara Municipal de
Teresópolis.
De acordo com o Secretário, o valor
do repasse mensal é de R$ 1.102.000,00 (um milhão e cento e dois mil reais).
Esse montante é dividido da seguinte maneira: R$ 801.000,00 para a
administração da UPA e R$ 301.000,00 para a gestão dos PSFs do município.
Na apresentação do balanço, o
Secretário informou um crescimento significativo nos atendimentos da UPA e
revelou que a cobertura dos PSFs no município saltou de 31% para 45%.
Ao ser indagado pelo Vereador
Cláudio Mello (PT) sobre qual era o custo do município com a UPA e os PSFs, Carlos
Otávio informou os valores já citados na matéria e detalhou a origem das verbas
repassadas à O. S. Fibra. No caso da UPA, os recursos são assim divididos: R$ 400.000,00
vem do Governo do Estado, R$ 250.000,00 vem do Governo Federal, através do
Ministério da Saúde, e R$ 151.000,00 saem dos cofres públicos do município. No
caso dos PSFs, a divisão é feita da mesma maneira e na mesma proporção.
“Administração
perfeita”
De acordo com o site da Fibra, na
UPA de Teresópolis são realizados entre 7 a 10 mil atendimentos por mês, o que
dá uma média de 14 atendimentos por hora. O site informa ainda que para atender
a toda essa demanda, a UPA conta com 03 clínicos geral, 02 pediatras, 01
dentista, 04 enfermeiras, além do pessoal de apoio, num total de 188 funcionários,
que, segundo eles, garantem a “perfeita administração da unidade, inclusive
minimizando o tempo de espera”.
As informações contidas no site da
Fibra asseguram que todos os profissionais trabalham devidamente uniformizados
e estão identificados por crachás. E que para garantir a total segurança, as
UPAS são dotadas ainda de um eficaz sistema de monitoramento, que funciona 24
horas por dia.
Porém, as informações da Fibra não
batem com a opinião popular, que diariamente são manifestadas nos órgãos de
imprensa da cidade, a maioria delas reclamando da demora no atendimento e até
mesmo pela falta de alguns profissionais. Com relação à identificação dos
funcionários, recentemente o próprio Vereador Cláudio Mello reclamou na Câmara Municipal
de alguns casos de funcionários que não estavam devidamente identificados, e
chegou a formalizar um pedido para que todos os profissionais da saúde de
Teresópolis passassem a, obrigatoriamente, usar seus crachás de identificação.
Balanço feito na Câmara revela
gastos e investimentos do município na área da saúde